Desde lá quando me furaram a primeira bola
no meio da rua...
(Novos Baianos)
Bom, para falar um pouco do que foi o Brincando de Reciclar
2013 pra mim, preciso antes revelar um segredo: sempre antes de eventos ou
quaisquer coisas que me importam de verdade, eu crio uma playlist de músicas que eu imagino serem adequadas para o dia e
ouço, muitas vezes, sem parar. É mania, assim como a de dormir sempre ouvindo
jazz ou podcast. O bom é que depois, ao ouvir essas músicas novamente, eu
lembro do dia. Coisa de nostálgico.
Pois bem, no Sábado, 12 de Outubro, acordei cedo e minha
cara amassada denunciava que eu havia dormido pouco, Não demorou e percebi já no banho que havia um sorriso
querendo nascer em meu rosto, prevendo o quanto o dia seria ótimo.
Meu coração não se cansa, de ter esperança, de um dia ser
tudo o que quer...
(Caetano Veloso)
Atrasar-se um pouquinho, perder-se, atrapalhar-se, tudo isso
aconteceu, claro, afinal estou descrevendo algo que envolve a mim mesmo. Mas
ainda assim não demora e eis que chego ao Aramitan, acompanhado de meus
queridos amigos Phelippe e Lilia (e da queridíssima Estefania, que nos resgatou
no caminho). Levei comigo uma sacola com os futuros
brinquedos que eu havia acumulado e os junto aos que já estavam por lá. Com
isso o canto da sala de aula vira um amontoado de garrafas, caixas, papéis, e
outras trocentas coisas. O cenário ideal estava montado!
As crianças estavam entretidas na confecção de instrumentos
e mal notaram nossa chegada, e nem eu também quis entrar na sala para não
atrapalhá-las (no final rolou uma batucada e deu pra ver o quanto foi
maravilhoso a oficina de instrumentos
realizada por Tallita e Caroline).
Pensamento é um momento que nos leva à emoção, pensamento
positivo que faz bem ao coração...
(Cidade Negra)
Após um delicioso almoço em grupo (onde Fran, Manu e Juh comandaram
a cozinha e fizeram a alegria de todos), começaram os trabalhos na salinha de
aula.
Trabalhos?
Nada! Tudo o que fizemos foi brincar! Após um rápido “oi”, partimos logo pra cima da pilha de
coisas no canto da sala e começamos a soltar a imaginação. Não demorou para
daquela pilha de coisas saírem bonecas, bolsas, telefones, óculos, bichinhos,
carrinhos, piões...
A cada sorriso que eu via, percebia mais ainda o quanto as
coisas simples são de fato as coisas mais importantes de nossas vidas, basta
que saibamos apreciar e compartilhar isso para que vivamos felizes.
Ao final, parecia que havia passado um tornado pela sala,
tudo espalhado e bagunçado, do jeito que tinha que ser, o retrato de que tudo
deu certo. Após a limpeza, me chamou a atenção as manchinhas de tinta que
insistiram em ficar no chão, marcas do evento, marcas inofensivas de um dia
lindo, que assim como as músicas me lembram momentos, estarão ali para
lembrarmos o belo dia das crianças que fizemos juntos.
Assim:
Não se assuste pessoa, se eu lhe disser que a vida é boa...
(Novos Baianos)
Grato a todos por tudo.
Marcos Paula
PS: depois de tudo, ainda rolou uma musicada muito boa com
todo mundo junto!
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